sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Cientista Galileu Galilei

Será a primeira vez em 400 anos, que um alto representante do Vaticano oficiará no domingo,dia 15 de fevereiro, em uma basílica de Roma, a missa será em memória do astrônomo Galileu Galilei, condenado pela inquisição onde foi reabilitado pela Igreja 350 anos depois de sua morte.

O Arcebispo Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, que presidirá a eucaristia na basílica de Santa Maria dos Anjos, da capital italiana, segundo uma nota da Federação Mundial de Cientistas (WFS), divulgada nesta sexta-feira, 13, pelo Vaticano.

Foram convidados para o evento, segundo a WFS, vários cientistas, entre eles um grupo de pesquisadores chineses, que doarão uma estátua em bronze de Galileu feita por um artista chinês.

A Missa será para marcar o Ano da Astronomia, convocado pelas Nações Unidas para comemorar os 400 anos das primeiras descobertas astronômicas, o Vaticano numa maneira de se redimir perante a comunidade científica, uniu a diferentes iniciativas para ressaltar a figura de Galileu.

O Vaticano considera que após a reabilitação de Galileu por João Paulo II, em 1992, os tempo "estão maduros" para uma nova revisão de sua figura, "que a Igreja deseja honrar", segundo disse recentemente o arcebispo Ravasi.

Conforme diz o Arcebisto Gianfranco Ravasi,o ano dedicado a Astronomia representa para a Santa Sé uma importante ocasião de aprofundamento e diálogo sobre a astronomia e o astrônomo italiano. O cientista Galileu foi o primeiro homem que olhou com um telescópio para o céu, abrindo assim para a humanidade um mundo até então pouco conhecido, ampliando a visão do nosso conhecimento. A Igreja deseja honrar a figura de Galileu, genial e inovador e filho da Igreja."
Texto retirado ( Estadão.com.br )


Só fico triste em saber que a minha Igreja levou 350 anos para reabilitar esse homem, que por desafiar as leis de sua época, foi condenado injustamente, por contrariar as leis pregada naquela época.
Sei que em história devemos olhar com os olhos da época e não com os olhos de hoje.
Mas como se diz antes tarde do que nunca. A minha igreja é Santa e Pecadora, Santa porque temos o Espírito Santo agindo no meio dela e Pecadora porque ela é movida também por homens e como todos sabemos homens erram.
Temos um Deus na Santíssima Trindade que esta sempre corrigindo os erros cometido por nós homens. Obrigado Jesus por fazer com que a minha igreja celebre a Eucaristia em honra desse homem que contribuiu para uma nova visão da ciência.
Peço a Deus que nunca mais volte acontecer estes tipos de erros e que possamos ter Santos Pastores dirigindo a nossa Igreja, como foi o nosso saudoso Santo Padre o Papa João Paulo II.
Walfrido Barbosa

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Vinde Espírito Santo e renovareis a face da terra.......

RENASCER-HOJE
Vinde Espírito Santo, Enchei os corações dos vossos filhos, com o Vosso amor....
Vinde Espírito Santo , Ascendei o nosso coração com vossa luz divina....
Vinde espírito Santo , Derramai em nossas vidas a Vossa Sabedoria....
Vinde Espírito Santo , Santo Espírito de Deus , doce amigo, Balsamo da vida.
Vem curar minhas feridas, vem tocar em mim.
Vem Espírito Santo e Restaura a minha santidade. Restaura minha Alma.
Vem Espírito Santo, Vem....
Walfrido Barbosa

Carta Pastoral

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009


Carta Pastoral. Texto tirado da Carta Pastoral, enviada Pelo Arcebispo Dom Mauro, a Diocese de Cascavel Estado do Paraná.

Carta Pastoral N° 01


“Que todos sejam um como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17,21)
O chamado tão conhecido “Segue-me”(Mt 9,9) que Jesus Cristo faz ao publicano Mateus é simples porém não é de modo algum pouco desafiador. Deixar tudo para assumir uma perspectiva nova de ver a realidade, as pessoas e a própria história exige, daquele que se propõe seguir o Cristo, uma atitude de olhar à frente e não voltar atrás. Esse chamado ao seguimento do Cristo é comum a todos os baptizados. Somos todos, sem distinção, discípulos de um único e mesmo Mestre; convocados a trabalhar na messe, a anunciar oportuna e inoportunamente. A trajectória histórica que buscou articular a pastoral da Igreja no Brasil: 1. 1. 1962 – CNBB: 1° Plano de Pastoral, denominado Plano de Emergência. 2. 2. 1965 a 1970 – CNBB: 2° Plano de Pastoral, denominado Plano de Pastoral de Conjunto. Finalidade: Adequar as decisões do Vaticano II à realidade brasileira. Foi do Concílio que surgiu as 6 dimensões(linhas) de ação pastoral: 1. Unidade na Igreja (LG) 2. Catequese (DV) 3. Liturgia (SC) 4. Ecumenismo(UR) 5. 5. Missão e Diálogo Religioso (AG e NA) 6. 6. Presença do Mundo (GS) 3. 3. Em 1971 a CNBB fez uma avaliação desses dois planos e constatou que a realidade brasileira era bastante complexa e com muitas diferenças regionais e eclesiais. Devido a isso, decidiu não mais fazer “Planos”. Cada diocese começou a fazer o seu. A CNBB começou a elaborar apenas um “marco teórico”, que fosse referência para a elaboração dos planos locais. Tal “marco teórico” foi denominado de “Directrizes Pastorais”. 4. 4. As Directrizes Pastorais são elaboradas a cada quatro anos. É definido o “Objetivo Geral” da ação pastoral, e são feitos alguns destaques pastorais. Na 46° Assembleia Geral da CNBB que realizar-se-á no próximo mês de abril em Indaiatuba/SP, nós bispos, iremos elaborar as “Novas Directrizes”,iluminada certamente pelo documento de Aparecida, para a Igreja no Brasil. O Objectivo de nossa pastoral é formar o povo de Deus. É agrupar os remidos na comunidade de salvação. É levar os baptizados a viver sua inserção no Corpo Místico. É fazer de cada cristão um prolongamento do Verbo feito carne, no testemunho da Boa Nova e na participação da vida. O Ato fundamental de nossa pastoral é, portanto, a pregação da Mensagem. Ide e Pregai - foi o mandato de Cristo. Eu fui enviado para evangelizar – repete São Paulo. Nós nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra – acentuam os apóstolos, deixando aos diáconos os cuidados temporais da comunidade cristã. Esta foi sempre a consciência viva da Igreja e sua norma de acção. E continua sendo sua linha constante e preocupação perene. Nem sempre, porém, assim agem na prática os homens da Igreja, que somos nós. Sorrateira e insensivelmente entram às vezes outros ângulos de visão pastoral e outras perspectivas de actuação apostólica, invertendo a escala de valores e alterando a ordem das metas. Pastoral da pedra e do tijolo. Muito comum em nossos dias. Tónica dominante de muitas vidas apostólicas. Tão generalizada, a ponto de constituir critério importante e quase predominante de distinção e merecimento. Mede-se, com frequência, a eficácia da acção pastoral pelo tamanho do templo, pela altura da torre ou alinhamento dos Salões Paroquiais. Se as construções materiais são necessárias e indispensáveis, parece não justificar-se, principalmente neste momento histórico, tal preocupação prioritária. Precisamos construir a Igreja viva. Mais do que obras pomposas, com placas de vaidade, a actuação do fermento que revoluciona e transforma. Em primeiro lugar, a comunidade viva dos filhos de Deus, e depois, como consequência, sua casa de oração e de culto. Se uma parte apenas do vultuoso numerário que gastamos em construções materiais, muitas vezes adiáveis, fosse empregado na formação de militantes e líderes, que é urgente e inadiável, outra seria hoje nossa situação. E não se venha com a alegação ingénua e capciosa e superada de que o Cristo de nossos templos merece o que há de melhor. Sim, é uma verdade inconteste e testemunhada pelo próprio Cristo na cena do alabastro. Mas não é toda a verdade. Porque o Cristo do próximo é o mesmo que o da Eucaristia, embora em aparência diversa. E deixar o Cristo no próximo, que sofre fome e enfermidade, para ornamentar templos, que muitas vezes são mais ostentação de vaidade do que amor a Cristo, não parece muito evangélico, nem de acordo com a voz dos tempos. Aproveitemos a FAMIPAR e formemos as nossas lideranças leigas para serem sal, fermento e luz do mundo. Pastoral do alimento e do agasalho. A Igreja sempre foi pioneira em realização de caridade e assistência social. Graças a Deus, a maior parte das obras sociais são de sua iniciativa ou inspiração. E isto constitui apologética viva e testemunha perene de vitalidade cristã. Mas não é esta a missão específica da Igreja. Nem deve ser a preocupação característica do presbítero. Seu papel será antes formar e assessorar os leigos, que assumam esta responsabilidade e tarefa. Tarefa que deve ser um amplo e sistemático esforço de promoção humana, visando não apenas a ajudar necessitados, mas atingir e sanar a fonte dos desajustes sociais. E não de forma paternalista como é tendência da mentalidade burguesa e de certa mentalidade clerical de arrumar “dinheiro de fora” e o seu sucessor “que se dane”! Não está na linha normal da autêntica pastoral evangélica absorver-se o presbítero em obras de assistência e caridade. Mas em formar o povo cristão, de tal maneira que de sua comunidade brotem naturalmente obras e instituições de auxílio fraterno. Em nossa Arquidiocese existem muitas entidades individuais ligadas à Igreja. Precisamos, com paciência, estudarmos a possibilidade de todas elas estarem inseridas na Cáritas Arquidiocesana permanecendo com o mesmo nome de fantasia. Pastoral da rotina sacramental. Os sacramentos são fontes de vida e canais da graça. E aqui vai aspecto essencial de nossa missão sacerdotal. Infelizmente, porém, acontece que nós continuamos administrando a um povo ignorante e paganizado, com muitas excepções, graças a Deus. Executamos ritos que não são entendidos, e muito menos assimilados e vividos. Estamos mecanizando os sinais da graça. Mais eficaz, por exemplo, do que passar dias e semanas distribuindo maquinalmente absolvições a um povo impreparado, parece-nos que seria promover uma boa e sólida evangelização, de maneira a levar um encontro vital com Cristo, mediante um sincero arrependimento, espiritualmente mais eficaz do que a mera recepção rotineira e mecânica de um sinal da graça. Há um equívoco e ilusão de nossa parte pensarmos que estamos ministrando sacramentos a um povo cristão, quando este na verdade vive na ignorância e à superfície ou à margem do evangelho. Administração de sacramentos supõe evangelização. Evangelização sistemática e adequada à fisionomia do tempo, que seja uma autêntica apresentação do Cristo vivo na Igreja. A confissão comunitária não é permitida na Arquidiocese, considera-se inválida e o presbítero que administrá-la será responsabilizado na forma da lei canónica. Pastoral de preservação e defesa. Foi em grande parte o que fizemos até hoje na formação dos nossos cristãos. Limitamo-nos a preservá-los do mal, o que aliás não conseguimos. Orientamo-los para as atitudes estreitas e negativas de não – contaminação. Não lhes temos dado a mística missionária nem os lançamos à conquista de outros. E por isso, tão pouco, conseguimos. Hoje que o mal entra de todos os lados e por todo os cantos, através das técnicas as mais variadas, envolventes e subtis, não basta ao cristão uma atitude de defesa. Guerra defensiva só pode levar a derrota. Não se pode nem se deve isolá-lo para impedir que a influência do mal o atinja. É mister, sim, à semelhança da terapêutica moderna vaciná-lo contra o contágio do mal, tonificando-o por dentro. É preciso dar-lhe a mística da conquista, do testemunho vivo de uma presença activa e irradiante. É preciso responsabilizá-lo e entusiasmá-lo pela mensagem, da qual não é dono e possuidor pacífico, mas depositário e mensageiro. Depositário angustiado e mensageiro dinâmico da Boa Nova da salvação. Porque o cristianismo mais do que uma organização mundial deve ser uma perene revolução espiritual. Pode-se dizer que é por falta de mensagem positiva, bem pregada e melhor vivida, que conquistamos tão poucos cristãos, e que perdemos tantos outros. O católico tem que pensar, falar e agir como católico! Pastoral burguesa de espera. Passou-se o tempo da pastoral de cristandade, em que os fiéis nos venham procurar. Hoje, impõe-se uma linha de procura e busca, de penetração nos ambientes, de infiltração nos diversos meios. É mister limitar as horas de expediente burocrático – que é necessário – para ampliar o tempo dedicado à busca missionária. Pastoral de busca e procura é mais difícil e trabalhosa e cansativa do que a de espera. Mas foi a ensinada e praticada por Cristo e pelos apóstolos. Cristo não esperou no templo nem apenas nas sinagogas para falar ao povo. Ele foi à procura dia e noite. Ora com a samaritana à beira do poço, ora com Nicodemos no silêncio e na calada da noite, ora com as multidões à beira do lago ou na quietude do deserto. E os apóstolos não esperaram que os convertidos caíssem pelos telhados do cenáculo. Pastoral de guetos e ligas esclerosadas. Nossas associações clássicas prestaram óptimos serviços no passado, em todos os campos do apostolado. E algumas delas continuam a servir à Igreja com muito zelo, dedicação e eficiência apostólica. E quem isso negasse, faltaria à verdade e pecaria contra a caridade. Parece, porém, que muitas vezes há demasiada perda de tempo com associações inoperantes, cuja actividade se limita mais ou menos a fazer reuniões e a lavrar atas, para serem depois lidas e aprovadas na próxima sessão. Se tais associações não for possível vitalizá-las e lançá-las `a conquista, seria melhor desinteressar-se delas, para criar outras mais de acordo com a dinâmica dos tempos. Querer conservá-las apesar disso, só por amor à tradição seria cultuar tabus, desservir à Igreja e trair Cristo. Associações que só sirvam para tirar o tempo do sacerdote, perderam sua razão de ser. Porque o problema não é de como poderemos salvar nossas associações, mas como, com elas ou sem elas, melhor servir à Igreja. Pastoral do arranjo e do jeitinho. Uma das primeiras expressões que o estrangeiro aprende a dizer e a praticar no Brasil é a de “dar um jeito”.E com isso, ele se introduz em todos os métodos de arranjos e acomodações, escamoteamentos e burlas em relação à verdade, à justiça e ao direito. Infelizmente, há entre nós um jeito de torcer qualquer princípio e tapear qualquer lei ou regulamentação. Mas o pior é que esta mentalidade de arranjos e acomodações, consciente ou inadvertidamente, vai atingindo até presbíteros. Alegando finalidades boas e apostólicas, empregam-se às vezes linguagem e expedientes que não condizem com o sim e o não do Evangelho. Pretextando que o costume consagra lei, até no apostolado vão se dando a certos arranjos duvidosos os foros de mediação legítima e autêntica. Se por jeitinho se entender compreensão e adaptação às pessoas e aos tempos, suavidade e delicadeza no modo; inteligência e inventiva na escolha e adequação dos meios ao fim, todos estamos de acordo. Se porém, se quiser com isso consagrar o principio de que é lícito fazer o que todo mundo faz, então nossa resposta será o não formal e categórico do Evangelho. Do contrário, que força teria nossa pregação evangélica? Que autoridade nossa denúncia a condenação dos abusos e infracções, que estão tragicamente corroendo o cerne da sociedade? A palavra que a Igreja anuncia não é a conclusão de um puro raciocínio, nem a verbalização de uma simples experiência. Ela não está para somar a palavra dos homens: sua verdade não é soma de opiniões e não é resultado matemático dado pela maioria. Mesmo que ela fique sozinha com a palavra recebida, ela deve anunciá-la, como palavra última e definitiva, uma palavra diante da qual os homens devem tomar decisão salvífica: “Pois não há, debaixo do céu, outro nome dado aos homens pelo qual devemos ser salvos” (At 4,12). Pastoral do silêncio e do calculismo. É a atitude dos que curvam a espinha dorsal diante dos grandes e poderosos. Em simbiose permanente com os representantes dos poderes constituídos. Apoiando sistematicamente, com a palavra ou com o silêncio, suas atitudes, mesmo quando fora da órbita de suas legítimas funções. Para não criar casos ou não perder favores e subvenções, deixando de apontar ou condenar violações da justiça e do direito. Assistindo em silêncio à opressão dos pobres e humildes, à perseguição e arbitrariedades, à corrupção administrativa, ao esbanjamento dos dinheiros públicos e à incúria em tratar dos interesses do Bem Comum. Nossa atitude deve ser de respeito aos poderes constituídos. De apoio às justas medidas governamentais. De colaboração com todas as iniciativas em favor do Bem Comum. Colaboração de dois poderes independentes, que se completam na visão integral do homem. Nunca, porém, numa linha de apoio incondicional. Nunca com sacrifício da verdade e da justiça. Nunca com o silêncio em face flagrante violação da lei de Deus e das justas leis humanas. Nunca com a hipertrofia do poder civil e a subserviência do religioso. Não há coisa mais preciosa, da qual nunca se pode abdicar a não ser pela violência, do que a independência apostólica de dizer a verdade, tanto aos humildes quanto aos poderosos, embora sempre com caridade. Esta é a atitude eminentemente evangélica, testemunhada com vigor em toda a história da Igreja. Pastoral da colcha de retalhos. O cristianismo não é apenas conjunto de práticas. Nem mero sistema doutrinário ou filosófico. Ele é um fato histórico: o Verbo feito carne. O Verbo que assume a humanidade e a redime, tornando-a seu Corpo. Daí ser a vida cristã uma união vital e orgânica com Cristo. Uma adesão consciente e pessoal a Cristo. Um compromisso de amor com Ele. O cristão, um homem novo com uma vida nova. Que forma Cristo, não apenas como objecto, mas como ponto de partida, norma de pensamento e medida de tudo. Um homem convertido no rigor do termo, metamorfoseado e radicalmente transformado em sua maneira de pensar e agir. Um homem assumindo o risco de uma aventura e não apenas uma busca de um refúgio ou salvação confortável. Um homem que livremente tome a partilha de uma Cruz. Abraça um paradoxo. Aceita um mistério: o mistério de Cristo e da Igreja. Melhor, o mistério do Cristo vivo na Igreja, sem as dissociações racionais dos esquemas teológicos. Muitas vezes pregamos uma religião estreita, medíocre e mesquinha. Um código de preceitos negativos, de restrições, proibições e anátemas. Uma doutrina sem originalidade ou organicidade, nem síntese. Um conjunto de práticas sem motivação nem nexo íntimo e vital. É preciso voltar ao Evangelho vivo. À pregação querigmática de São Paulo e dos primeiros cristãos. À catequese de profundidade e interiorização, onde a teologia se torne mística operante, a moral espiritualidade dinamizadora e os sacramentos mistérios profundos inseridos na vida. Pastoral do monopólio clerical. Herança de um passado longínquo, em que a cultura e toda fisionomia da sociedade tinha um carácter sacral de integração em torno de valores espirituais. Em que a Igreja dominava as estruturas e instituições temporais, no vértice de cuja pirâmide estavam sempre os valores religiosos e morais. Quando o Papa traçava as fronteiras das nações, dirigia conflitos, coroava e depunha Reis e imperadores. Quando os Bispos eram também príncipes seculares e os Párocos praticamente chefes de comunas. Quando a palavra do Padre era um dogma e uma lei em todos os aspectos da vida humana, do recreativo ao espiritual. Sem entrar na apreciação e avaliação de tal mentalidade e estruturação social, o fato indiscutível é que hoje estamos vivendo uma cultura profana, secular, pluralista e não integrada em valores mais altos, em que a religião esteja no vértice ou centro, mas simplesmente paralela às demais instituições que polarizam os interesses do homem. E nesta ordem social, a Igreja não poderá e nem deverá dominar as estruturas e instituições temporais, mas informar, mentalizar e vivificar. E esta influência nas estruturas deverá ser feita através dos leigos, com os quais o sacerdote deverá dividir as responsabilidades da comunidade cristã. Deverá, portanto, ser proscrito e excluído o monopólio clerical dos que, tratando os leigos como meninos de recados, tudo pretendem fazer sozinhos. Eliminada a desconfiança dos que não admitem iniciativas que partam do laicato. Superada a auto-suficiência dos caciques clericais, que não concebem sugestões e planificações que não tragam a chancela de sua inspiração e direcção pessoal e imediata. Evidentemente, para isso, os nossos leigos devem ser formados. Formados, e não improvisadamente mandados como crianças ou menores sem compreensão nem responsabilidade. Formados na base de uma vida cristã de sabor e substância evangélica. Formados numa adesão vital a Cristo e não apenas numa simpatia pessoal pelo padre. Só com leigos que descobriram Cristo e com Ele assumiram compromisso de amor, poderemos realizar um trabalho de evangelização e conversão, que só pode ser feito em comunidade e pela comunidade. Com o Concílio Vaticano II, veio a compreensão do Baptismo como uma grande fonte de ministérios e de que os leigos são chamados a desempenhar diversos serviços na comunidade, não somente como suplentes. Não se escolhe líder para enfeitar a Pastoral, mas para os serviços existentes, A formação é uma exigência da Igreja, pois precisamos de lideranças leigas formadas com o pensamento teológico, pastoral, litúrgico, bíblico, catequético, enfim, que abranja o grande conjunto de áreas que são necessárias para qualificar a presença e a actuação da Igreja no mundo de hoje. Também a formação para uma inserção social política e económica das nossas lideranças leigas, calcadas no Ensino da Doutrina Social da Igreja. As lideranças leigas são de enorme importância dentro da Igreja porque todos os leigos participam, a partir do Baptismo, do sacerdócio comum.
O Espírito Santo espalha, sem cessar, sobre os discípulos de Jesus, os mais diferentes carismas com os quais a Igreja é ornada. Não é possível imaginar a Igreja sem os inúmeros serviços exigidos pelas lideranças leigas. O ministério hierárquico na Igreja (o do presbítero, do bispo, e do diácono), não é que seja melhor aos olhos de Deus, em relação aos ministérios leigos, mas são distintos, não se confundem. E como o ministério hierárquico tem a missão de conduzir, de congregar na unidade todos os demais membros e ministérios da Igreja, os ministérios dos leigos estão a ela subordinados e devem ser exercidos na comunhão e obediência para que, aparecendo assim a distinção entre os ministérios ordenados e não ordenados, seja manifestada a natureza ministerial de toda a Igreja.
Precisamos manter sempre a distinção dos diferentes ministérios para podermos ver a beleza e a riqueza da organização e atuação que o Senhor quis para a sua Igreja. A não clareza da distinção entre as funções na comunidade eclesial pode trazer muitos transtornos e sofrimentos para a própria Igreja. Cabe ao arcebispo, presbítero e ao diácono a missão de servir, animando e sustentando os leigos em sua missão, distribuindo para eles a riqueza da Palavra e a graça dos sacramentos. Aos leigos cabe, sobretudo, exercerem a presença santificadora de Jesus em meio às realidades mais diversas deste mundo, sempre em comunhão com o Pároco e o Arcebispo. Aproveitemos os cursos que a Faculdade Missioneira do Paraná – FAMIPAR – promove para a formação dos nossos queridos leigos e leigas. Pastoral da apologética e da polêmica. Não é nosso intuito condenar, desprezar ou minimizar a apologética, tão antiga quanto a Igreja, em vigor desde os primórdios da evangelização. É a justificação da legitimidade do cristianismo, bem como a refutação das objeções e acusações contra Cristo e sua Igreja. É um trabalho da razão, mostrando que a atitude da fé é razoável e que a posição da descrença é insustentável. É uma espécie de salvo-conduto para que a fé, dom de Deus, seja um obséquio racional. Mas não é prova de fé capaz de convencer os incrédulos. Daí o erro de querermos, com meras razões apologéticas, convencer os que não tem fé. O resultado, ao contrário, seria talvez confirmá-los no erro. Porque a aceitação das verdades da fé não se baseia apenas em argumentos da razão, que constituem mera condição. O essencial da apresentação do cristianismo não é mostrar que ele é racional, útil ou necessário, ou que ele constitui instrumento da ordem estabelecida, mas a glória do Pai pelo Verbo feito carne. Evangelizar é apresentar a Boa Nova, encarnada no Cristo vivo na Igreja, que é seu Corpo, do qual todos somos vivos. Pastoral do número e da massa. A preocupação de muitos é ver as Igrejas cheias, comunhões numerosas, filas sem fim de penitentes e procissões intermináveis. E, diante disso, ficam tranqüilos, pensando que tudo vai “de vento em pôpa”. Não se lembram de que, apesar de numerosas comunhões, na hora da crise poderão encontrar-se sós. Não se lembram de que meras questões políticas poderão dividir, inimizar e afastar da Igreja, para fazer frente comum com os seus adversários e inimigos. O problema fundamental da hora presente, que ainda não compreendemos, é a descoberta e formação de líderes, para com eles fermentar e conduzir a massa. Sem líderes do meio, formados na ação, ninguém poderá contar com a massa. E a experiência aí está, patente e cristalina, de associações de classe, Câmara de Vereadores, Congresso Nacional, Governo Federal, Governo Estadual e Governo Municipal, compostos de católicos, que servem de instrumentos e inocentes úteis da causa do marxismo e do neoliberalismo. É o que ainda não compreendemos. E por isso, nossa situação é a de uma maioria que não actua. De uma maioria que vai a cabresto ou a reboque de um grupo de aventureiros e piratas, por ela levados aos postos de comando, que foram transformados em clubes de orgias (carnaval, futebol, novela, pão e circo).
Pastoral de guerrilhas e heroísmo individuais. Se até certo ponto são promissores de ensaios de pastoral de conjunto, que temidamente se estão esboçando em diversos pontos do território nacional, do outro lado é profundamente doloroso e contristador e angustiante ver ainda tanto trabalho feito mais ou menos ao acaso, à inspiração do momento ou por iniciativa de indivíduos ou grupos desentrosados e descoordenados. Numa época marcada profundamente pelo social e por uma tendência inesistivelmente comunitária, diante de problemas de dimensões globalizadas, nós nos apresentamos em geral com soluções improvisadas e palpites pessoais, com movimentos estreitos e dimensionados por indivíduos ou famílias religiosas, multiplicando assim iniciativas, sem qualquer visão de conjunto, sem linhas de coordenação e intercâmbio, numa pluralidade isolacionista, e, portanto, muitas vezes nociva aos interesses da comunidade cristã. As guerrilhas e heroísmos individuais – que melhor se chamariam de egoísmos individuais – poderão resolver alguma batalha, nunca, porém, decidirão uma guerra. E a nossa situação presente é de guerra total, onde falta de planejamento constitui candidatura certa ao fracasso e portanto, traição a Cristo e à Igreja. Até quando esta traição continuará impune no cristianismo, ou melhor, no seio da Igreja? Concluindo: “a maioria dos católicos não só não conhecem o Evangelho, mas não sabem que o ignoram”.
Nossa Missão é Evangelizar. Evangelizar, porque vivemos num clima generalizado de neopaganismo, precisamente nos países assim chamados católicos. Paganismo aberto ou disfarçado na prática da vida. E também na linha do pensamento e da fé, pois é palmar o desconhecimento das verdades básicas e fundamentais. Saiamos do equívoco e ilusão e passemos a ver a realidade, a qual continuaremos a ministrar sacramentos sem reflexos na vida e sem irradiação nas estruturas. Sem a qual estaremos assistindo a debandada dos católicos. Evangelizar é apresentar Cristo vivo na Igreja, é irradiar com ardor as riquezas da Boa Nova. É dinamizar, não apenas uma doutrina ou um código, mas o apelo e a sedução de uma Pessoa. É dar testemunho vivo, sempre inseparável da palavra evangelizadora. Testemunho que é a afirmação de uma realidade em nome de uma experiência da realidade esplendorosa do cristianismo. Nossa pastoral é a pastoral da evangelização, a cuja finalidade devemos condicionar todos os meios, sem inversões pragmatistas nem prioridades imediatistas. Sem fazer dos meios fins, nem jamais perder de vista os objectivos.

Cascavel, 24 de fevereiro de 2008.

Dom Mauro Aparecido dos Santos
Arcebispo de Cascavel


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Dom Mauro Aparecido Dos Santos.

Este homem é a pessoa mais humana que eu tive o praser de conhecer.
Tive o prazer de o conhecer ainda quando ele era apenas um BOM Padre. O Nosso querido Padre Mauro.

Desde aquela época eu já dizia que ele seria ordenado Bispo e que ele poderia ser o nosso futuro Papa. Ele tem todas as qualidades para isso.

Segue aqui o itinerário de um Homem de Deus.

Filiação:
Pai: Acacio Aparecido dos Santos
Mãe: Madalena Aparecida de Morais
Data de Nascimento: 09/11/1954
Local: Fartura - SP

Formação
Primário: Escola Santa Luiza de Marillac - Jacarezinho - PR
Ginasial: Colégio Estadual "Rui Barbosa" - Jacarezinho - PR
Científico: Colégio Estadual "Rui barbosa" - Jacarezinho - PR
Filosofia: Faculdade Filosifia, Ciências e Letras de Jacarezinho - PR
Teologia: Seminário Maior "Divino Mestre" - Jacarezinho - PR

Data de Ordenação Sacerdotal: 13/05/1984 em Jacarezinho - PR
Bispo Ordenante: Dom Conrado Walter - SAC

Data Ordenação Episcopal: 14/08/1998 em jacarezinho - PR
Posse: 30/08/1998 em Campo Mourão - PR, como Bispo Coadjutor

Actividades Exercidas:

Antes de Ingressar no Seminário:
01 - Funcionário Público Federal (I.N.S.S.)

Após ingressar no Seminário e como Padre:
01 - De 01/03/1982 a 30/04/1991 e de 01/03/1993 até a presente data:
Professor no Seminário Menor de Jacarezinho - PR

02 - De 13/05/1984 a 03/01/1985
Vigário Paroquial Arapoti - PR

03 - De 13/05/1984 a 31/12/1992 e de 01/09/1996 até a presente data:
Assessor Espiritual da CADD (Comunidade aos Dependentes de Drogas) - Jacarezinho - PR

04 - De 04/01/1985 a 01/02/1988
Vice-Reitor do Seminário maior de Jacarezinho - PR

05 - De 23/01/1985 a 07/03/1986:
Vigário Paroquial da Paróquia São Pedro em Jacarezinho - PR

06 - De 08/03/1986 a 10/01/1992:
Pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus - Jacarezinho - PR

07 - De 01/03/1987 até 30/06/1998:
Professor no Seminário Maior de Jacarezinho - PR

08 - De 02/02/1988 a 10/01/1992:
Reitor do Seminário Maior de Jacarezinho - PR

09 - De 02/02/1988 até 31/12/1992:
Acessor Espiritual Diocesano do Movimento Cursilhos de Cristandade

10 - De 18/09/1991 a 02/02/1995:
Chanceler do Bispado de Jacarezinho - PR

11 - De 01/01/1992 até 31/07/1997:
Membro do Colégio de Consultores Diocesanos

12 - De 11/01/1992 até 31/01/1997:
Pároco da Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus em Bandeirantes - PR

13 - De 02/02/1995 até 31/07/1998:
Vigário geral da Diocese de Jacarezinho - PR

14 - De 02/02/1997 até 31/07/1998:
Pároco da Paróquia Imaculada Conceição - Catedral de Jacarezinho - PR

LEMA: " VENI ET SEQUERE ME "
" VEM E SEGUE-ME " (Lc. 18,22)

Bispos Ordenantes:
Dom Conrado Walter SAC - Bispo de Jacarezinho - PR
Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger SCJ - Arcebispo Metropolitano de Maringa - PR
Dom Virgílio de Pauli - Bispo de Campo Mourão - PR

Walfrido Barbosa

PAPA JOÃO XXIII

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009


PAPA JOÃO XXIII, Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi baptizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual.


Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897.


De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar. Recebeu a Ordenação sacerdotal a 10 de Agosto de 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, acompanhando-o nas várias visitas pastorais e colaborando em múltiplas iniciativas apostólicas: sínodo, redacção do boletim diocesano, peregrinações, obras sociais. Às vezes era também professor de história eclesiástica, patrologia e apologética. Foi também Assistente da Acção Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado, pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz.


Naqueles anos aprofundou-se no estudo de três grandes pastores: São Carlos Borromeu (de quem publicou as Actas das visitas realizadas na diocese de Bérgamo em 1575), São Francisco de Sales e o então Beato Gregório Barbarigo. Após a morte de D. Giacomo Tedeschi, em 1914, o Pade Roncalli prosseguiu o seu ministério sacerdotal dedicado ao magistério no Seminário e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associações católicas.


Em 1915, quando a Itália entrou em guerra, foi chamado como sargento sanitário e nomeado capelão militar dos soldados feridos que regressavam da linha de combate. No fim da guerra abriu a "Casa do estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Em 1919 foi nomeado director espiritual do Seminário.


Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Tendo sido chamado a Roma por Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, percorreu muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários.
Em 1925, Pio XI nomeou-o Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou-o à dignidade episcopal da Sede titular de Areopolis.


Tendo recebido a Ordenação episcopal a 19 de Março de 1925, em Roma, iniciou o seu ministério na Bulgária, onde permaneceu até 1935. Visitou as comunidades católicas e cultivou relações respeitosas com as demais comunidades cristãs. Actuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. Suportou em silêncio as incompreensões e dificuldades de um ministério marcado pela táctica pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua confiança em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele.


Em 1935 foi nomeado Delegado Apostólico na Turquia e Grécia: era um vasto campo de trabalho. A Igreja tinha uma presença activa em muitos âmbitos da jovem república, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra mundial ele encontrava-se na Grécia, que ficou devastada pelos combates. Procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a "permissão de trânsito" fornecida pela Delegação Apostólica. Em 1944 Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris.


Durante os últimos meses do conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França. Visitou os grandes santuários franceses e participou nas festas populares e nas manifestações religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente e repleto de confiança nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero na França. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evangélica, inclusive nos assuntos diplomáticos mais complexos. Procurou agir sempre como sacerdote em todas as situações, animado por uma piedade sincera, que se transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar.


Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sábio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores: São Lourenço Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e São Pio X.


Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra".


Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963.

Homilia do Santo Padre João Paulo II


 
Renascer Hoje - Made free by Free Blog,SEO Created by Diznews Online
by TNB